Precisamos entender que o cristianismo vai além de um estilo de vida, pois ele é uma novidade de vida, fruto da experiência do novo nascimento e vívido na realidade de nossos dias. A negação do poder da experiência com Deus na prática da vida cristã se contrapõe diretamente à verdade neotestamentária do novo nascimento. O verdadeiro cristão, é quem o pai busca para o adorar em espírito e em verdade, só passa a existir após seu encontro real com Jesus, ou seja, depois de ser regenerado mediante a ação direta do Espírito Santo. Qualquer ato religioso antes do novo nascimento é apenas mais um ato de religiosidade. Deus poderia ter-nos criado como autômatos, agindo como robôs programados para seguir instruções. No entanto, Ele escolheu nos criar à sua semelhança, sendo capazes de fazer escolhas. Há uma pedagogia na forma como fomos criados: Deus espera que o nosso caráter se desenvolva gradualmente, por intermédio de decisões fundamentadas em sua Palavra e sobe a direção do Espírito Santo. Se tivermos uma verdadeira experiência com Jesus Cristo e nascermos de novo, submetermo-nos ao seu senhorio será uma consequência natural. Se admitirmos estar em um relacionamento íntimo com Jesus e sua Palavra, mas a cruz não estiver presente, esse relacionamento é falso. Enquanto fizermos do cristianismo uma fonte para alimentar uma cultura antropocêntrica, por tanto amante de si mesmo e a procura de satisfazer sua vontade a qualquer preço, não teremos êxito em promover a cultura do senhorio de Cristo.
